domingo, 18 de março de 2012

Políticos amam a si mesmo: Adalberto apoia Fernandinho

Eleições 2012 – o retorno, os mesmos....tudo de novo
18.03.2012

É impressionante como a política brasileira, dos currais dos coronéis até o domínio das classes econômicas abastardas da área urbana ou na capital, tudo gira em torno da pessoa, ou melhor, de uma pessoa ou de um grupo.

Não existem projetos de governo para sociedade. Existem projetos de políticos nos governos ou fora deles para os seus pares, para seus partidos.

Os nossos representantes não nos representam. Foram legitimados nas urnas, mas trabalham única e exclusivamente para eles.

A coerência, uma postura ideológica de exercer uma tarefa missionária e uma ação pedagógica como representante do povo não fazem parte da identidade dos nossos políticos.

Eles mudam de discurso como mudam de roupa. Fazem negociatas a céu aberto e ainda chamam a imprensa para ratificar o conluio.

Até poucos dias atrás o ti-ti-ti em Petrolina/PE era que o nobre deputado estadual, Adalberto Cavalcanti (PHS) iria apoiar, consolidar, justificar, endossar, adoçar e ficar do lado da possível, talvez, quem sabe, campanha do deputado Odacy Amorim (PT) para prefeitura da cidade.

A casa caiu!! Ou melhor, se estruturou em outro terreno.

O ra-ra entre Odacy e Fernando Filho, leia-se, Fernando Bezerra Coelho, o ministro da Integração, já vem desde muito tempo... O voo solo de Odacy parece que não vai sair do chão.

Esse momento de negociatas, divisão de benesses, quem fica com quem ou o que depois de eleito....um pra tu, dois pra mim...um pra tu...três pra mim...e por aí vai... é extremamente delicado. Afinal quem tem dinheiro tem o poder e manda. Ponto.

Negociando a coisa publica e as verbas que virão com os parceiros que subsidiam a campanha podem-se imaginar e delimitar a geografia do voto. É nessa jogatina que os interesses pessoais suplantam totalmente os interesses do povo.

O povo? Ora, o povo é um aglomerado de pessoas que no afã do discurso embargado de um político raposa acredita piamente que tudo aquilo que ele diz é verdade. Há uma cegueira generalizada na maioria das pessoas que enxergam nesses tais representantes uma possibilidade de mudança. Não existe.

Em pleno século XXI estamos vivenciando uma ausência de propostas que contemplem políticas publicas para uma sociedade menos desigual. Todos os partidos estão no mesmo saco. Ainda estamos na era da pedra, passando pela do cavalo com viseira única e voltando aos coronéis, hoje, plugados na internet, facebookado, blogado, twittado.

Mudaram-se as ferramentas, mas a essência desse sistema corrompido  permanece enraizada nesses tais representantes que estão aí.

E por que não muda? Porque os políticos amam a si mesmo. Amam o poder.

Não muda porque é necessária uma verdadeira reestruturação do sistema político-eleitoral. Isso passa por uma reforma política que contemple um novo papel do político ou o verdadeiro papel desse político nesta sociedade que busca consolidar uma democrática.

Da forma como está tanto nas negociatas dos partidos em Brasília como as que são feitas nos municípios todas tem um único objetivo: contemplar o político ou o seu grupo. Jamais a sociedade.

Se eu acredito em políticos? Nenhum.

Se eu voto em algum político? Melhor nem perguntar.